Camela Maria
"Se tá achando ruim a corrupção, imagina quando descobrir a mais valia"
Nestas horas de indignação monstro contra a corrupção você entende qual era o lugar da crítica da expropriação da mais valia num contexto de luta ou revolução popular.
Ao mesmo tempo, você vê a limitação dessa crítica que deixa a forma do valor sem questionamento fundamental. Ocorre que na dialética as duas críticas são determinações reflexivas e uma conduz à outra, já que questionar a exploração é também questionar a forma fetiche pela qual esta transcorre, i.e., de maneira reificada e aparentemente natural, independente de certas relações sociais de produçao e propriedade.
Se houvesse um avanço monumental da luta popular movida pelo controle
do excedente, a forma de fazer política associada ao dinheiro poderia
tornar-se finalmente transparente e, por alguns momentos, a sociedade
perceberia o poder alienante do dinheiro em si, e não só o poder dos
quem tem dinheiro na política.
Bob Klausen
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